Peças de arte performáticas que marcaram gerações 

A natureza da arte performática é encantar e surpreender o público. Os olhos dos espectadores devem ficar atentos e encantados com o que assistem. As grandes apresentações performáticas são feitas por artistas visionários, que conseguem pensar fora da caixinha e unir tendências passadas, contemporâneas e futuristas.

Conheça algumas apresentações performáticas que com certeza ficarão marcadas para a eternidade.

O Burguês Fidalgo

Originalmente chamada de Le Bourgeois Gentilhomme (em francês), esta peça foi apresentada pela primeira vez em 14 de outubro de 1670 para o rei Luís XIV, no Castelo de Chambord, na França.

Em uma mistura de músicas, danças e coreografias de ballet, esta incrível arte performática critica as ambições dos burgueses de classe média e a vaidade dos aristocratas. 

William Powell Frith, Public domain, via Wikimedia Commons

O Fantasma da Ópera 

Esta peça já foi relançada dezenas de vezes por todo o mundo.

Um ícone da performática, a peça mistura romance, suspense e drama na história de um triângulo amoroso que se passa nos bastidores de uma ópera em Paris. Certamente um dos musicais mais conhecidos do mundo, tanto que o álbum de músicas original é um dos 200 destaques do Rock and Roll Hall of Fame.

Ruined

Esta peça é extremamente emocionante e envolvente. Ela aborda temas delicados relacionados a preconceitos, estupros e abusos contra mulheres durante a desesperadora guerra na República Democrática do Congo.

A obra rendeu algumas indicações e premiações, entre elas o prêmio Pulitzer à dramaturga Lynn Nottage, em 2009.

Vestido de Noiva

Esta peça é brasileira, de Nelson Rodrigues, e, em 1943, foi revolucionária para o teatro brasileiro. Pela primeira vez se viu a dramaturgia nacional ser apresentada ao vivo em forma de alucinação, realidade e memória simultaneamente.

A peça tem um teor psicológico ao contar a história de uma jovem que tem alucinações enquanto é submetida a uma cirurgia, alucinações estas envolvendo a irmã, o namorado e uma cafetina. O enredo na verdade é uma crítica à hipocrisia burguesa e aos valores tradicionais. 

A Beata Maria do Egito

Este aqui é mais um espetáculo da dramaturgia brasileira, de Rachel de Queiroz. Uma perfeição na abordagem da linguagem e cultura popular. Não é admirável que tenha sido tão premiada, entre eles o de Melhor Peça Teatral em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O enredo conta a história de uma religiosa que chama a população para se juntar à rebelião liderada pelo Padre Cícero e ela é capaz de tudo para alcançar o seu desejo.

Strange Loop 

Em português chamamos de Um Estranho Loop.

Esta peça já é mais recente, lançada no ano 2019, reconhecida e premiada com o Pulitzer de 2020, além de muitas outras indicações e homenagens.

Uma arte performática apresentada através de um musical metaficcional, que desperta reflexões sobre cor, raça, sexualidade e identidade ao contar a história de um compositor de músicas negro em suas criações.

Fairview 

Esta também é uma arte performática que mistura drama com reflexões e músicas. Uma peça que aborda raça, cor e preconceito nos seus conceitos mais profundos ao mostrar famílias pretas e brancas.

A escritora Jackie Sibblies Drury garantiu a premiação do Pulitzer em 2019 e recebeu muitas outras indicações.